segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Angústia Crônica

E eu posso respirar profundamente 432 vezes por dia que esse ar que me falta, não volta. As cartelas de Frontal não foram suficientes para dispistar essa ansiedade que me persegue, e então preferi conservar a sanidade física, já que a emocional tinha ído por água abaixo. É como se o fôlego brincasse de esconder com meus pulmões. O coração acelerado, a boca seca, alta pulsação. Será que isso tem um diagnóstico exato? Será que a angústia é realmente uma doença? E sabe, então eu prefiro dormir. É isso, eu deito e espero o sono chegar. Na maioria das vezes, ele vem, enquanto eu tenho mil e uma idéias mirabolantes de como tentar mudar o mundo. Pelo menos, o meu.

Eu ouvi de uma colega nesse final de semana que "eles têm que usar terno e gravata". Olha, não precisa usar terno, nem gravata. Sério mesmo. Eu o acharia o cara mais lindo e sincero do mundo mesmo numa manhã de domingo usando pijama de bolinhas e pantufas de elefante. Juro, ele não precisa nem pentear o cabelo e pode usar a cueca por cima das calças se quiser, eu não ligo.

E o destino é engraçado. Todos sempre põe a culpa nele e é mais fácil acreditar que "não era mesmo pra ter acontecido" ou que "o destino sabe o que faz". Mas quem disse que é ele quem tem que decidir isso? Quem esse destino acha que é pra entrar assim na minha vida e decidir que rumo ela deve tomar? Onde tá escrito que EU não posso tomar minhas próprias decisões e descobrir o que realmente é melhor pra mim? Só porque as chances de que tudo dê certo estão a quase 2 mil quilômetros de distância e que as conversas por telefone estão aos poucos se resumindo a "quais as novidades?" e que essas novidades nunca são ditas ou nunca mudam?

Mais engraçado ainda é como ele coloca possibilidades no meu caminho. E possibilidades loiras de quase dois metros de altura.

Tá, isso é só a ponta do iceberg, ou talvez seja o motivo da colisão. Eu não culpo todo mundo por me achar uma boba iludida com um futuro que provavelmente não vai existir. Mas eu tô cansada de ficar sentada e esperar que as coisas tomem o rumo certo sendo que eu mesma posso levantar e fazer minhas próprias escolhas. Ok, é bem mais fácil acreditar que muita água vai ter que rolar e que eu vá quebrar a cara. Mas quem disse que eu quero o caminho mais fácil?

"Eu lembro de você até quando faço coisas que jamais fizemos. Lembro de tudo que a gente nem viveu. Mas acontece que você é bom, mesmo sendo mau. E consegue me dizer o que eu quero ouvir até mesmo quando fica calado, quando some e me mantém refém de uma espera quase infinita por um chamado teu." (Junção de duas frases indicadas por alguém que eu gostaria MESMO de lembrar o nome. Elas e algumas outras se tornaram uma espécie de "mantra" pra mim. Se alguém reconhecer e souber de quem é a autoria, me avise.)

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quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Homens da Lei


Quem já lê o Neve a algum tempo, deve ter me ouvido falar visto escrever sobre minha ambição inquietante em um dia, fazer parte do grupo de agentes federais. Não sei dizer ao certo desde quando incluí essa idéia na minha lista de objetivos, mas talvez saiba o por quê. Passar madrugadas a fora assistindo a séries policiais como CSI, Cold Case, Em Nome da Justiça e Desaparecidos, despertou em mim uma vontade estranha e estimulante de solucionar crimes e fazer justiça. Na verdade esse lance de "justiça" me acompanha desde sempre. Sou daquele tipo que abomina desigualdades. E não é discursinho de Miss Liberdade não, eu REALMENTE procuro fazer tudo da forma mais justa. E talvez eu tenha escolhido o lado "federal" da coisa porque sempre opto pelo lado caminho mais difícil. Qual ariano que não corre atrás de desafios? Além disso, admiro absurdamente a índole desse pessoal. Tenho alguns amigos e vários colegas na área, e sou fã assumida de cada um deles. Tanto pela coragem quanto pela inteligência e disponibilidade que devem ter pra encarar a missão.

Sem contar que não é fácil largar a família e a cidade onde nasceu para ir pra um lugar super distante sem saber ao certo o que vem pela frente. E muitas vezes o destino prepara surpresas mórbidas, como aconteceu com dois amigos meus em julho desde ano (veja aqui). Então, é preciso um preparo psicológico todo especial, já que pessoas inseguras não suportariam a pressão.

Conheço desde ex professores de matemática e aikidô a caras que entraram de primeira. E é incrível: parece que um dos pré-requisitos pra serem aprovados é bom-humor e boa aparência. Sem contar o bom papo, a inteligência e o cavalheirismo. Elogios não me faltam pra discrever esses caras, mas sou suspeita pra falar.

Guaíra, a cidade onde moro, foi palco da maior chacina já ocorrida no Paraná. 15 assassinatos em um só dia e lugar. Foram mobilizados mais de 300 policiais, entre federais, tropas de choque, inteligência, militares, civis... O caso foi parar em todos os jornais do país, e um dos assassinos foi encontrado ontem, em São Paulo.

Na "terça-feira negra", como ficou conhecido o dia da chacina, um carro subiu a rampa de acesso aqui de onde eu trabalho, e duas pessoas desceram do carro. Fui de encontro a elas pra ver o que acontecia, e vi que o vidro do carro estava estilhaçado e haviam várias perfurações pela lataria. Não me surpreendi, já que marcas de tiro em carros por aqui não é algo tão anormal. Foi quando vi que os dois caras que desceram estavam completamente ensanguentados, um deles com um tiro de raspão no rosto. Antes de se tornar a Secretaria da Assistência Social, o prédio era o posto de saúde da cidade, e obviamente os caras não sabiam que havia mudado. Mostrei pra eles onde ficava o novo posto, enquanto eles voltavam para o carro deixando um rastro enorme de sangue. Ligamos pra Unidade de Saúde pra saber o que havia acontecido, e confirmaram que os rapazes tinham sido vítimas de arma de fogo. Nem meia hora depois, descobrimos que haviam mais 18 vítimas, 15 delas, fatais. Como notícia ruim se espalha rápido, a chacina já estava em todos os sites de notícias do Paraná.

Enfim. O post de hoje fugiu um pouco da linha cômica que eu costumo seguir. O quê? Achou tudo isso um pé no saco? MÃO NA CABEÇA MERMÃO!



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Vazios e Insanidades


Sinceramente, minha inspiração para explicações sobre o sumiço repentino é igual a zero. Então, vou dizendo aos poucos o por quê de tanto tempo sem postar.

A questão é que quando todas as suas expectativas para que algo aconteça são simplesmente jogadas precipício abaixo, um certo desânimo toma conta dos seus dias. Enfim, baldes de água fria não param de me atingir o rosto. E os desejos.

Um final de semana turbulento envolvendo GoGo Boys gostosões e drink's afrodisíacos, me deixaram não só com uma ressaca terrível durante os últimos dias, mas também com 429 kg na consciência. Ai, ai!

Como a inspiração hoje não quer vim de jeito nenhum, achei uma listinha que já me fez rir bastante e vou dividir essa parte insana com vocês. Juro que qualquer dias desses vou experimentar uma por uma dessas dicas super úteis!

20 dicas de como se comportar no elevador.

1. Quando houver só uma pessoa no elevador, dê um tapinha no ombro dela e finja que não foi você;
2. Aperte os botões do elevador e finja que eles dão choque. Sorria e faça de novo;
3. Se ofereça para apertar os botões para os outros (”qual é o seu?”), mas aperte os botões errados;
4. Segure a porta e diga que está esperando por um amigo. Depois dê um tempo, deixe a porta fechar e diga: “Olá amigo. Como vai você?”
5. Deixe cair sua caneta e espere até alguém se oferecer para pegá-la, então grite: “É minha!”;
6. Traga uma câmera e tire fotos de todos no elevador;
7. Deixe uma caixa no canto, e quando alguém entrar, pergunte se elas ouvem um tique-taque;
8. Finja ser uma aeromoça e revise os procedimentos de emergência com os passageiros;
9. Pergunte: “Você sentiu isso?”;
10. Quando a porta se fechar, fale: “Tudo bem. Não entrem em pânico. Ela abrirá novamente”;
11. Mate moscas que não existem;
12. Diga às pessoas que você pode ver suas auras;
13. Grite “Abraço grupal!!!”, e então force-as;
14. Faça caretas dolorosamente enquanto bate na sua testa e murmure: “Calem a boca, todos vocês! Calem a boca!”;
15. Abra sua pasta ou bolsa, e enquanto olha dentro, pergunte: “Tem ar suficiente aí dentro?”;
16. Fique quieto e parado no canto do elevador, encarando a parede;
17. Coloque uma marionete na mão e use-a para falar com os outros;
18. Faça barulhos de explosão quando alguém apertar um botão qualquer;
19. Encare outro passageiro por um tempo, e fale: “Estou usando meias novas”;
20. Desenhe com um giz um pequeno quadrado no chão e diga para os outros: “Este é o MEU espaço”.

P.S: Confira a lista na íntegra no super site do Lista10. Garante boas horas de pura bizarrice!

Beijos

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